Não dá tempo de chegar ao banheiro! O que fazer?

Sabe quando dá aquela vontade de fazer xixi que parece impossível segurar até o banheiro? Algumas pessoas têm essa urgência. É a chamada bexiga hiperativa, uma condição que afeta principalmente as mulheres, e pode estar associada ou não à perda urinária trazendo transtorno a quem precisa conviver com o problema. Muitas pessoas com bexiga hiperativa ficam ansiosas ao saírem de casa, com medo de não ter banheiro por perto, e essa ansiedade ajuda a piorar o quadro.

A bexiga hiperativa também piora a qualidade do sono, uma vez que o paciente têm que levantar durante a noite pra ir ao banheiro. Então, orientações como evitar beber água até duas horas antes de dormir, urinar antes de dormir, usar absorventes e procurar ajuda médica e fisioterapêutica, a gente pode conseguir melhorar a qualidade de vida e conseguir um sono tranquilo, sem precisar estar levantando. 

Existem alguns alimentos que podem ser irritativos para a bexiga, como café, cítricos, alcoól, chocolates, alguns tipos de chá, comidas apimentadas, e alguns pacientes vão perceber os sintomas após a ingestão deles. As causas da bexiga hiperativa, elas vão desde doenças neurológicas, como AVC, esclerose múltipla, traumatismo raquimedular, até diabetes e doenças que causam obstrução no canal da saída da urina. 

A bexiga hiperativa também pode afetar negativamente a saúde sexual dos pacientes quando está associada aos episódios de perdas urinárias durante o ato sexual. “Infelizmente, algumas pessoas não procuram assistência de profissional especializado por acreditarem que a súbita vontade de fazer xixi e a perda de xixi, são parte do processo normal de envelhecimento. Contudo, a incontinência urinária NÃO é normal”

Existe tratamento eficaz, e a fisioterapia é o tratamento de primeira linha. O tratamento consiste em ouvir, acolher o paciente, explicar o problema e oferecer o melhor e mais adequado tratamento, devolvendo a confiança de poder sair na rua tranquilo sem ser refém do banheiro, sem perder xixi e sem ter que usar absorventes. Também ajustes no consumo de água, nas idas ao banheiro, uso de medicamentos e até terapias mais invasivas, como a neuromodulação sacral, a e até mesmo o Botox, podem também ser opções de tratamento.